quinta-feira, setembro 22, 2005
Ventos de Mudança na Alemanha (II)
O resultado eleitoral na Alemanha foi sem dúvida o pior possível dada a incerteza que gera. São muito más notícias para o Governo português para quem a única esperança de chegar a 2009 com alguma folga eleitoral é o crescimento da economia europeia superar os 2,5% no biénio 2007-2008 o que me parece agora impossível.
A votação do FDP demonstra que existe um eleitorado preparado para as reformas económicas e sociais que a Europa precisa (esse partido que não existe em Portugal) enquanto os resultados da esquerda revelam que muita gente não quer mudanças o que é perfeitamente normal dados os custos sociais subjacentes (mas ainda não percebi a que experiências ou economias se referem aqueles que falam do modelo alternativo, será a Venezuela? Cuba? China?). Apesar das fraquezas óbvias da snra. Merkel, é importante notar que ela não escondeu a necessidade de reformas, incluíndo o aumento dos impostos e a redução de prestações sociais, antes das eleições, bem ao contrário do PS ou PSD/CDS aqui no burgo, e por isso mesmo não ganhou folgadamente (muitos comentadores insistem que se ela tivesse ocultado a verdade poderia ter ganho, numa versão à Durão Barroso 2002 ou Sócrates 2005). Sobre a demagogia de Schroeder (que fez na última semana de campanha o mais sério ataque às suas próprias reformas), tudo já foi dito. Se sair da chancelaria veremos uma implosão do SPD semelhante ao PSF.
A votação do FDP demonstra que existe um eleitorado preparado para as reformas económicas e sociais que a Europa precisa (esse partido que não existe em Portugal) enquanto os resultados da esquerda revelam que muita gente não quer mudanças o que é perfeitamente normal dados os custos sociais subjacentes (mas ainda não percebi a que experiências ou economias se referem aqueles que falam do modelo alternativo, será a Venezuela? Cuba? China?). Apesar das fraquezas óbvias da snra. Merkel, é importante notar que ela não escondeu a necessidade de reformas, incluíndo o aumento dos impostos e a redução de prestações sociais, antes das eleições, bem ao contrário do PS ou PSD/CDS aqui no burgo, e por isso mesmo não ganhou folgadamente (muitos comentadores insistem que se ela tivesse ocultado a verdade poderia ter ganho, numa versão à Durão Barroso 2002 ou Sócrates 2005). Sobre a demagogia de Schroeder (que fez na última semana de campanha o mais sério ataque às suas próprias reformas), tudo já foi dito. Se sair da chancelaria veremos uma implosão do SPD semelhante ao PSF.