quinta-feira, junho 01, 2006

 

Pluralidade do Debate

Não gosto do USA Today mas aqui no hotel em Chicago é o que há. Contudo tem hoje um artigo bastante interessante de David Horowitz, um antigo intelectual das esquerdas radicais (aqui liberals). Ele diz que conheceu bem essa esquerda que andou anos a bater-se na universidade pela pluralidade de ideias mas, na opinião dele, esta acabou por instalar um politicamente correcto que proíbe qualquer discussão. Já não se trata de educate mas brainwash. E qualquer ideia que não tenha por base o mesmo conjunto de premissas ideológicas que o dito politicamente correcto da esquerda impõe nem sequer entra no conjunto de ideias admissíveis a debate. Temos pois uma falsa pluralidade: só entre para o conjunto de ideias aquelas que aceitam determinadas premissas e depois então entre essas sim permite-se pluralidade. É a intolerância da tolerância como aliás se viu na demissão do Larry Summers em Harvard. Horowitz quer resolver o problema com legislação. Parece-me contudo uma via segura para o desastre.

O problema também existe em Portugal. Veja-se a Sociologia, a História, ou o Direito. Pluralidade é coisa que não há e não se conhece. E os poucos, ou muitos, cientistas sociais que chegam a Portugal com outra visão não têm colocação. Mas ainda assim confío mais na mão invisivel para resolver este problema do que em legislação. Levará tempo mas acontecerá. Porque os monopólios, mesmo no mercado das ideias, envelhecem e perdem a batalha da inovação...

Comments:
Se a "mão invisível" não o ouvir - porque o legislador não houve com certeza (é juirsta!) - que Deus o oiça. Para bem do capital humano futuro português! Quanto aos investigadores rejeitados, há aqueles que não têm para onde ir e os que têm... e esses últimos são bem capazes de esgotarem rapidamente o seu crédito patriótico!
 
Para os fanáticos das gralhas, leia-se a seguinte ERRATA:

- Onde se lê «houve», deve ler-se «ouve-se».

- Onde se lê «juirsta», deve ler-se «jurista».

Livra! Safei-me...
 
Nova ERRATA ou ERRATA-DA-ERRATA:

Onde se lê «houve», não deve ler-se «ouve-se», mas «ouve».

A coisa está feia!
 
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