sábado, julho 22, 2006

 

Ordem dos Advogados

Independentemente de quem possa ou não ter razão, moral e formal, o que passa na OA é um espectáculo degradante. E é mais um sinal da crise nos profissionais da Justiça, neste caso particular resultante do desencontro entre a globalização da advocacia e os velhinhos interesses corporativos instalados. Numa conferência da OA em Maio de 2005, com a participação da agora Ministra da Educação e de Manuel Vilaverde Cabral, pediram-me para falar sobre o inquérito aos advogados realizado em 2004 e o futuro da profissão. Na altura disse que o problema fundamental é que já não existe uma profissão, mas um conjunto bastante distinto de segmentos que cada vez menos têm algo em comum. Consequentemente, ou a OA alterava a sua forma de autoregular o mercado da advocacia ou a tensão interna poderia levar a uma crise sem precedentes. Parece que se optou pela segunda via... Veremos até que ponto rebentará com a OA... E isso até pode ser uma excelente notícia para os consumidores e para os contribuintes...

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