Reforma da Justiça

Sobre a justiça, modéstia à parte, seria bom que lessem um texto meu no odisseus.blogs.sapo.pt
Infelizmente, o que tem havido no nosso país são sucessivas reformas em que se tenta colocar tudo pior do que estava antes. Quem trava este delírio legislativo, esta falta de senso, esta deficiência de bom português na redacção das leis? Quem impede os professores de direito de mandarem bitaites sobre tanta coisa que lhes passa à margem, como é a regulação da VIDA dos cidadãos e da ECONOMIA da cidade? Quem impede tanto afamado medíocre de se pôr em bicos de pés para exigir dos governos que lhe encomendem leis, isto é, que lhe ponha dinheiro no bolso? Porque não fazem os governos concursos públicos na net ( como já fazem com a aquisição de alguns bens)para feitura de leis?
 

"regulação da VIDA dos cidadãos e da ECONOMIA da cidade"... Consegue explicar-me o significado desta frase. Nao me diga que a "deficiência de bom português" tambem o tem atormentado. Frases pomposas sem conteudo sao, de facto, uma doenca cronica da producao legislativa nacional.

Em todo o caso, concordo que em Portugal, contra o que dizia um jurista do seculo passado (acho que Joao Tello M. Collaco) as "leis sao mas e os executores pessimos" (na versao Collaco os legisladores eram optimos e os executores maus).

As reformas de Socrates lembram as "grandes reformas" dos senhores de Bandung no dobrar do sec. passado: uma teoria economica ridicula apoiada em slogans de feira (em Bandung era a ISI, para Socrates e "o crescimento + social"), uma politica delirante e demagogica, uma sem-vergonhice (ou ignorancia...) aflitiva e muitas leis ilegiveis, inexecuiveis e sem medida de impacto economico, social e institucional.

Como a alternativa e Marques Mendes, acho que nao nos podemos queixar: tragedias do situacionismo!