sábado, janeiro 13, 2007

 

Entrevista do MJ ao Expresso

Entrevista ao MJ no Expresso de hoje. Infelizmente, e mais uma vez deixando muito evidente a medíocre qualidade de quem entrevista (assinam Ana Abrunhosa e Nuno Saraiva), o Ministro perde metade da entrevista com o acessório, o fulanismo no combate à corrupção, o caso Casa Pia, e a poliquice (remodelação, escolha do PGR, etc.). No fundamental, as reformas em curso, o Ministro responde bem, sem novidades; os entrevistadores são incapazes de recorrer a uma estatística ou a experiências comparadas para realmente colocar um questão substantiva ao Miinistro. Naquilo que mais me interessa, o paradigma, a ideologia, a filosofia subjacente, o modelo, nada de nada. Infelizmente limita-se o Ministro a elogiar o reformismo cavaquista e diz o Expresso que o Ministro se inspira no ímpeto reformista do Governo Cavaco. Eu fico na dúvida pois na Justiça a última palavra que pode caracterizar o Governo Cavaco na Justiça (principalmente Fernando Nogueira e Laborinho Lúcio) é reformista. Foi sim anti-reformista, super-formalista e verdadeiramente imobilista. Todos os problemas corporativos foram agravados na década do Governo Cavaco sem qualquer contrapartida significativa. E foi incapaz de acompanhar o movimento reformista que se fazia já sentir noutros países. Mais que não seja porque o próprio economista Cavaco é daqueles que defendeu sempre a supremacia da macro sobre a micro e nunca prestou atenção às instituições. Fico pois sem entender o que pretende dizer o Ministro...

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